Renascimento Comercial e Urbano
O renascimento comercial e urbano aconteceu na Baixa Idade Média( a partir do ano de 1250 d.C.) e foi parte das intensas transformações que a Europa sofreu nesse período. O crescimento do comércio e das cidades durante a Idade Média só foi possível porque a disponibilidade de alimento (devido duas "invenções" deste período: arado de ferro e a rotação trienal de cultivo), devido a maiores colheitas, chegou ao ponto de permitir o aumento populacional e posteriormente a venda do excedente da produção.
Observação: O termo renascimento atualmente e bastante questionado, devido ao fato das cidades e o comércio nunca, tenha realmente "morrido", para "renascer". Houve um grande êxodo rural, que teve inicio com as invasões barbaras germânicas, ainda durante o Imp. Romano do Ocidente. Agravado com o "QUEDA O IMPÉRIO ROMANO", em 04/09/476 (séc. V).
A seguir um breve resumo para entendermos o contexto da Alta Idade Média e Baixa Idade Média.
Do final do século V até o início do IX, com as conquistas de Carlos Magno ( que conseguiu reconquistar, boa parte do antigo Imp. Romano do Ocidente ), consagrado pela Igreja romana, como IMPERADOR DO SACRO IMPÉRIO ROMANO GERMÂNICO (25/12/800), como sua divisão em CONDADOS (para os nobres chamados CONDES) e MARCAS (para os MARQUESES), grandes extensões de terras doadas em BENEFÍCIO (feudos) com as normas e regra de VASSALAGENS ( quem cede o benefício e denominado SUSERANO e que recebe o o benefício é chamado de VASSALO e os "laços de fidelidade), dando o início ao FEUDALISMO e a "ALTA IDADE MÉDIA".
Com a divisão do Imp. de Carlos Magno, entre os seus três netos. Após três anos de guerra entre eles pelo direito de sucessão ao trono e aos laços de fidelidade é assinado o TRATADO DE VERDUN (843), ficando com Luís, o "Germânico" (Luís II), coube as porções do território que compunham a Germânia. A Lotário é entregue o título imperial e a porção de territórios da Itália. Sendo o território que em atualmente compõem boa parte da França, para Carlos o "Calvo".
Após a Cruzadas(tentativas de retomar a "terra Santa" ou seja, "Jerusalém" iniciadas no começo do século XI ), que levou aos nobres e os servos a terem contato com o "mundo oriental", com a "cidade" e o "comércio" como centro da vida e riqueza, bem como o "artesanato" e o MESTRE ARTESÃO. Com o termino das Cruzadas após mais de 100 anos, onde todas as conquistas na Palestina e norte da África, foram perdidas. Os nobres retornaram "falidos e endividados" e os servos retornando sem ter onde trabalhar e sendo assim necessário criar novas (ou recriar as antigas ), formas de sobrevivência, com o artesanato e venda desta produção. Dando início ao processo do surgimento de uma nova classe social, os BURGUESES. Onde recriaram as cidades, o comércio, criaram a manufatura e o sistema bancário, dando origem a construção do conceito RENASCIMENTO. O crescimento do números desses burgueses e seu acesso ao poder no decorrer de um período de mais de 300 anos, foi dificultado pela rigidez da sociedade estamental e pelas políticas do "antigo regime", ou seja, reis absolutista, os favores para a aristocracia ( cargos públicos, militares e monopólios) deste período. No século XVIII ( após os questionamento e críticas do movimento chamado ILUMINISMO ), estes burgueses chegaram ao poder através de revoluções, revolta, guerras e golpes de Estado. Como por exemplo: Revolução Puritana/Gloriosa, Ind. das Treze colônias e Rev. Francesa. Com a chegada dos burgueses ao poder, ocorre uma consolidação no pensamento "capitalista", levando para a Segunda Rev. Industrial, independência de várias colônias, uma mudança do modelo político (monarquias absolutista ), para repúblicas e monarquias constitucionais. Desenhando o que seria o mundo contemporâneos nos séculos seguintes.




























O termo RENASCIMENTO, teve sua origem exatamente na iniciativa dos artista de resgatar os conceitos do Período Clássico, ou seja, da antiga Roma e Grécia. Posteriormente historiadores, acrescentaram este conceito de Renascimento, para a compreensão do processo econômico, social e político iniciado a partir do final da Cruzadas.
Lembrando, que as cidades italianas (Florença, Veneza, Genova e Pisa), enriquecidas com o comércio de especiarias, que chegavam do Oriente (rota da Seda), através da cidade de Constantinopla, capital do Imp. Bizantino. Foram a principal incentivadoras do Renascimento. Diversos "Mecenas", que financiavam a construções de palácios e catedrais. Com estatuas e pinturas dos maiores vultos do Renascimento, como Leonardo da Vinci, Michelangelo, Donatello Di Niccaló, Sandro, Rafael Sânzio e Sofonisba Anguissola.















ABAIXO UM VIDEO, BEM COMPLETO E EXPLICATIVO. EM SEGUIDA UM TEXTO QUE ABORDA O TEMA COM MAIS DETALHES.
Renascimento comercial é o nome que se dá ao processo de crescimento comercial pelo qual a Europa passou a partir do século XI. Esse renascimento aconteceu a partir do desenvolvimento de um excedente comercial e resultou no surgimento de rotas comerciais por toda a Europa. Esse processo estava diretamente ligado ao renascimento urbano que a Europa passou no mesmo período.
Origens do renascimento comercial
O crescimento comercial da Europa medieval a partir do século XI foi resultado do desenvolvimento demográfico e agrícola. Ambos possibilitaram o surgimento de um excedente agrícola, que pôde ser comercializado, principalmente para as cidades.
O crescimento urbano resultou em uma demanda maior por produtos que somente o comércio poderia proporcionar. Como a produção local era, na maioria das vezes, bastante limitada, passou a ser necessário recorrer ao comércio para obter determinados tipos de mercadoria (a necessidade variava de região para região).
Com isso, estabeleceu-se um comércio que dependia, sobretudo, das conexões de longa distância para obter mercadorias. Os mercadores que não possuíam conexões com o mercado de longa distância, em geral, não foram bem-sucedidos. Assim, o desenvolvimento comercial levou ao surgimento de uma nova classe social, que não dependia mais da itinerância (alteração frequente de local) para sobreviver. O comércio europeu na Baixa Idade Média dependia bastante das rotas marítimas, que transportavam de maneira mais ágil e barata as mercadorias por longas distâncias.
Eixos do comércio medieval
O renascimento do comércio na Europa medieval levou ao desenvolvimento de dois grandes eixos de comércio. Um deles era o eixo mediterrânico, que era controlado pelas cidades italianas de Gênova e Veneza. O segundo era o eixo nórdico e era controlado por uma liga de cidades do norte da Europa chamada de Liga Hanseática.
O historiador Hilário Franco Júnior atribuiu a vocação comercial de Gênova e Veneza ao fato de ambas as cidades não poderem sobreviver da sua própria produção agrícola. A geografia das regiões impedia uma grande produção. Assim, em defesa de seus interesses, as duas cidades italianas fizeram o possível para ampliar a sua influência econômica sobre o Mediterrâneo e regiões do Império Bizantino.
As duas cidades apoiaram a convocação da Primeira Cruzada para estender sua influência sobre as regiões conquistadas pelos cristãos e obter mercadorias orientais (consideradas mercadorias de luxo na Europa Ocidental), como perfumes, a seda chinesa etc. Além disso, Veneza garantiu o controle sobre regiões do Império Bizantino durante algumas décadas no século XIII e isso lhe possibilitou ter acesso às mercadorias locais.
O comércio no norte da Europa era controlado pela Liga Hanseática, que exercia influência desde o leste europeu até a Islândia e comercializava inúmeros tipos de mercadorias. O sucesso da Liga Hanseática era tão grande que, em 1130, os mercadores hanseáticos possuíam uma casa de negócios em Londres, na Inglaterra.
Além disso, havia um ponto de encontro entre mercadores do eixo mediterrânico e do eixo nórdico. Esse ponto de encontro eram as feiras da região de Champagne, na França. Essas feiras aconteciam uma vez por ano em períodos predeterminados. Atribui-se o desenvolvimento das feiras na região ao fato de os senhores locais terem uma postura mais aberta ao desenvolvimento do comércio, ou seja, não cobravam pedágios e concediam determinados tipos de benefícios aos comerciantes que se instalavam na região.
Moeda e burguesia
O desenvolvimento comercial impulsionou a utilização das moedas como forma de pagamento. A cunhagem de moedas foi retomada por Gênova a partir de 1252 e, logo em seguida, foi copiada em outras regiões da Europa.
O desenvolvimento do comércio também resultou no surgimento de uma nova classe social, que passou a rivalizar com a nobreza: a burguesia. O enriquecimento dessa classe levou os comerciantes a terem cada vez mais influência sobre as regiões onde estavam instalados. Assim, o poder das cidades e mesmo dos reinos europeus passou cada vez mais a sofrer a influência dos burgueses.